Resumo
A exposição solar adequada traz inúmeros benefícios à saúde. No entanto, a exposição solar desprotegida é nociva à pele, podendo causar danos severos, como o câncer. O câncer cutâneo é um problema de saúde pública, apesar do seu principal fator de risco ser modificável. O objetivo deste estudo foi caracterizar os hábitos de exposição e proteção solar de moradores de Ouro Preto, Minas Gerais. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, exploratório e quantitativo. Os dados foram coletados por meio da aplicação de questionários, durante as Campanhas de Fotoeducação 2018 e 2019. A associação entre o sexo e as variáveis de hábitos de exposição e proteção solar foi medida por meio dos Testes Qui-Quadrado de Pearson e exato de Fisher. Para as variáveis uso de protetor solar e adoção de medidas físicas, que apresentaram associação significativa com o sexo (p<0,05), calculou-se a razão de prevalência. A amostra foi composta por 339 pessoas, sendo a maioria do sexo feminino (61,1%), com idade entre 18 e 44 anos (62,8%), que se autodeclararam pardas (39,2%). Quanto aos hábitos de exposição e proteção solar, 55,2% relataram exposição solar em horário crítico, 57,1% adotavam proteção física e apenas 29,8% utilizavam protetor solar diariamente. A prevalência do uso de protetor solar foi 3,8 vezes maior no sexo feminino; em contrapartida a prevalência do uso de proteção física foi 30% menor. A maioria dos entrevistados (94,9%) conhecia a relação entre sol e câncer de pele. Tais achados reforçam a necessidade da adoção de estratégias de educação em saúde.