Pandemia de COVID-19: Síndrome de burnout em profissionais de saúde em hospital de campanha no sul de Minas Gerais
BJHP V6N1
PDF

Palavras-chave

Burnout
Profissionais de saúde
COVID19
Saúde mental

Como Citar

Renata Maria Leal de Souza, Karina Batista Gonçalves, Danielle Aparecida Ferreira de Oliveira Marrafon, Ana Paula Assunção Quirino, Natália da Silva Martins Fonseca, Carlos Marcelo de Barros, Márcia Helena Miranda Cardoso Podestá, & Alessandra Oliveira Silva. (2024). Pandemia de COVID-19: Síndrome de burnout em profissionais de saúde em hospital de campanha no sul de Minas Gerais. Brazilian Journal of Health and Pharmacy, 6(1), 36–50. https://doi.org/10.29327/226760.6.1-3

Resumo

O ambiente hospitalar expõe os profissionais de saúde a pacientes hostis, limitações de insumos e sobrecarga de trabalho, fatores que contribuem para o aumento do estresse nos mesmos. Ainda, com a pandemia de COVID-19, esses fatores se intensificaram e diversos profissionais apresentaram problemas relacionados à saúde mental, como o desenvolvimento da Síndrome de Burnout. Esta síndrome é caracterizada pelo esgotamento físico e mental, sendo constituída por três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional. Diante deste cenário, realizou-se um estudo quantitativo, prospectivo, descritivo e transversal com o objetivo de determinar a caracterização sociodemográfica e a presença de Síndrome de Burnout entre os profissionais de saúde da Santa Casa de Alfenas-MG (Minas Gerais) através da aplicação de questionários incluindo caracterização sociodemográfica (sexo, idade, estado civil, raça, profissão, setor em que trabalha, tempo de profissão, horas de trabalhos semanais, escolaridade e se teve que se isolar da família no período da pandemia) e o Maslasch Burnout Inventory (composto por 9 questões sobre exaustão emocional, 5 sobre despersonalização e 8 sobre realização profissional). Para avaliar a associação entre as variáveis de interesse foi realizado o teste Exato de Fisher, considerando um nível de significância de 5%. A população do estudo foi composta por 57 voluntários. Destes, 54,5% eram solteiros, 64,9% de cor branca, idade média de 35 anos, 42,1% eram técnicos em enfermagem e 56,1% com carga semanal de 30 a 50 horas. Quanto à pandemia, 78,9% dos indivíduos não precisaram mudar-se de casa para proteger seus familiares e 52,6% trabalharam na linha de frente da pandemia de COVID-19. Ainda, observou-se nos profissionais uma média exaustão emocional, alta despersonalização e alta realização pessoal. Os achados do presente estudo apontam um alto risco para o estado da Síndrome de Burnout em 19% dos indivíduos. Portanto, sugere-se o desenvolvimento de programas de promoção à saúde para estes profissionais, juntamente com atividades que proporcionam a melhora da qualidade de vida.

https://doi.org/10.29327/226760.6.1-3
PDF