Resumo
Introdução. A OMS apontou os centros de informação de medicamentos (CIM) como uma das estratégias para a promoção do uso racional dos medicamentos, por prover e disseminar informação precisa, atualizada e fundamentada em evidências. Objetivo. Descrever a atividade de informação reativa prestada pelo Cebrim/CFF, entre 1995 e 2022. Método. Trata-se de um estudo transversal descritivo, com levantamento de dados secundários da base de dados institucional. Foram levantados os seguintes dados: número de solicitações recebidas, ano a ano, o tema principal da questão, o envolvimento de paciente e os medicamentos citados; sobre o solicitante: a profissão e a instituição em que trabalha; sobre a qualidade do serviço: o tempo gasto para responder e as referências bibliográficas utilizadas para elaboração das respostas. Adicionalmente, foram extraídos os dados sobre a satisfação dos usuários com a resposta fornecida. Resultados. O Cebrim/CFF respondeu mais de 14 mil solicitações de informação, provenientes de farmacêuticos hospitalares e comunitários, sobre assuntos de farmacologia e legislação. Parte das demandas estava relacionada a casos clínicos, em que o uso dos medicamentos omeprazol e diclofenaco foi majoritário, além de fármacos de uso no tratamento de doenças crônicas não transmissíveis (losartana e insulina). O serviço foi considerado bom e ótimo por 84,2% dos usuários que avaliaram o serviço. Conclusão. O Cebrim/CFF tem-se mostrado uma estratégia contínua para a promoção do uso racional e seguro dos medicamentos, notadamente em apoio aos farmacêuticos. Conclui-se que os centros de informação de medicamentos continuam sendo uma ferramenta importante para contrabalançar as informações sobre medicamentos publicadas por fontes não fidedignas.