CCL20 está associado ao diabetes mellitus tipo 2 independentemente da idade, atividade física, circunferência da cintura e tabagismo em mulheres na pós-menopausa

Resumo

CCL20 é uma quimiocina expressa principalmente no tecido linfático e no fígado, produzida por células endoteliais, neutrófilos, célula natural killer (NK), células Th17, células B, entre outras. A CCL20, conhecida pelo seu papel no recrutamento de células inflamatórias, surge como um possível mediador da inflamação no T2DM. O objetivo foi avaliar a CCL20 no soro como um potencial biomarcador para o T2DM em mulheres pós-menopausa. Participaram deste estudo transversal 160 mulheres na pós-menopausa, com idade superior a 45 anos, sem histórico pessoal de doença cardiovascular, uso de álcool ou drogas. O grupo diabético foi composto por 28 mulheres. A concentração sérica de CCL20 foi quantificada pela técnica ELISA e as variáveis de confusão incluíram: idade, atividade física, tabagismo, circunferência abdominal, percentual de gordura corporal, PTH, insulina e glicose. A idade média foi de 70 anos, tempo de menopausa de 23±8 anos, circunferência da cintura de 99±15 cm, percentual de gordura corporal de 43±5,7%, atividade física praticada por 17,9% e tabagismo em 2,1%. PTH = 58,7 ±23,8 pg/mL, insulina = 16,2 ±10,7 µU/mL, glicose = 105,4 ±8,0 mg/dL e CCL20 = 37,7 ±14,9 pg/mL. O modelo de regressão logística mostrou que houve associação significativa entre níveis elevados de CCL20 e T2DM (OR = 1,017, IC95% = 1,001- 1,033, P = 0,040), independentemente da idade, atividade física, circunferência abdominal e tabagismo. Para cada aumento de uma unidade na concentração de CCL20, o risco de diabetes aumenta em 1,7% (IC 95%: 1-3,3%). O CCL20 pode ser um biomarcador promissor para identificar mulheres na pós-menopausa com risco aumentado de desenvolver T2DM.