Implantação da farmacovigilância e análise das reações adversas na oncologia de um hospital filantrópico do Brasil
BJHP-V7N1
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Palavras-chave

Farmacovigilância
Oncologia
Efeitos colaterais e reações adversas relacionados a medicamentos
Sistemas de notificação de reações adversas a medicamentos

Como Citar

Danielle Aparecida Ferreira de Oliveira Marrafon, Letícia de Oliveira Marusso, Karla Nadir Gonçalves Carvalho, Larissa Helena Torres, & Ricardo Radighieri Rascado. (2025). Implantação da farmacovigilância e análise das reações adversas na oncologia de um hospital filantrópico do Brasil. Brazilian Journal of Health and Pharmacy, 7(1), 44–60. https://doi.org/10.29327/226760.7.1-5

Resumo

Introdução: A farmacovigilância na oncologia visa detectar reações adversas a medicamentos (RAM) associadas  ao tratamento antineoplásico, sendo uma necessidade para redução da morbidade e mortalidade associadas às RAM em pacientes oncológicos, já que estão mais estão propensos a eventos adversos a medicamentos (EAM). Objetivo: Avaliar e caracterizar a ocorrência de RAM do setor de oncologia de um hospital filantrópico do Brasil após a capacitação dos profissionais de saúde e a implantação de um serviço de farmacovigilância hospitalar.
Metodologia: Foi realizado treinamento dos profissionais de saúde, enfatizando a necessidade de notificar os diferentes EAM em uma unidade hospitalar. Posteriormente, as RAM relatadas pelos pacientes da oncologia passaram a ser registradas pelos profissionais em um formulário transferido às pesquisadoras, que juntamente com o CEFAL (Centro de Farmacovigilância da UNIFAL-MG), foram responsáveis pela notificação junto ao órgão regulador. Foi realizada uma análise descritiva dos pacientes e das RAM, com classificação das mesmas quanto à
gravidade e ao mecanismo de ação. Resultados: A capacitação em farmacovigilância aumentou significativamente o número de notificações espontâneas em toda a instituição. Na oncologia, 45 pacientes apresentaram RAM, sendo na sua maioria mulheres, com idade entre 43 a 78 anos e com diferentes diagnósticos de neoplasias. Foram contabilizadas 65 RAM, classificadas como leves e do tipo A, envolvendo Oxaliplatina, Paclitaxel, Carboplatina, Docetaxel, Cisplatina, Pertuzumabe, Daratumumabe e Citarabina, sendo a maioria delas descritas nas respectivas
bulas dos antineoplásicos. Conclusão: Com a implantação da farmacovigilância, os diferentes EAM passaram a ser notificados, contribuindo para a prevenção e gravidade das mesmas, possibilitando implementar a segurança na utilização dos antineoplásicos.

https://doi.org/10.29327/226760.7.1-5
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