Resumo
Aditivos alimentares são amplamente utilizados pela indústria para melhorar a aparência, sabor e durabilidade dos alimentos. Com relação à melhora da aparência, os corantes sintéticos destacam-se por sua estabilidade e baixo custo, como é o caso do amarelo tartrazina (AT), corante azoico frequentemente associado a reações alérgicas em populações sensíveis, como as crianças. Considerando seu uso recorrente em balas de gelatina e os potenciais efeitos tóxicos, levantou-se o questionamento central deste estudo: as indústrias de balas de gelatina estão, de fato, em conformidade com a legislação vigente quanto ao uso do corante amarelo de tartrazina, garantindo um alimento seguro para o consumo infantil? Assim, este estudo teve como objetivo quantificar o corante amarelo tartrazina, por método espectrofotométrico, em amostras de bala de gelatina disponíveis no comércio local. O método envolveu o preparo das amostras por solubilização em água morna, seguida por extração líquido-líquido com acetonitrila e quantificação por espectrofotômetro a 426,5 nm. O método teve sua confiabilidade atestada por meio de análise de figuras de mérito conforme a legislação vigente, apresentando linearidade, seletividade, precisão e exatidão intra e interdias. Foram analisadas cinco amostras comerciais contendo apenas tartrazina como corante, cujas concentrações variaram entre 48,22 e 561,62 mg/kg de bala. Duas amostras excederam o limite máximo permitido (300 mg/Kg), evidenciando que nem sempre as empresas alimentícias estão em conformidade com a legislação e falta fiscalização adequada, colocando os consumidores, principalmente as crianças, em risco.

